sábado, 24 de julho de 2010

A Lição de um Quilo de Sal e o Açúcar.

"Era uma vez um monge que recebeu do seu Mestre 1Kg de sal e 1Kg de açúcar. Naquele momento ele saía para uma peregrinação, era o momento de transformação em sua vida. O momento em que ele seria testado. Ele sabia disso e o seu professor lhe disse:
_ Meu filho, não tenho o que lhe oferecer. Este ano a colheita não foi muito pródiga, então só posso lhe oferecer 1Kg de sal e 1Kg de açúcar e, durante esse um ano em que caminhará pelas cidades e florestas, você só vai receber o que lhe for dado.
Você não poderá pedir.
Assim, esse monge, muito feliz e esperançoso de seus passos, se sentindo triunfante em relação a um caminho pelo qual não havia seguido, na sua ingenuidade não reconheceu os traços de arrogância em si mesmo. Começou a caminhar e no fim daquele dia, seu corpo estava dolorido e com fome. Nesse momento, disse a si mesmo: "Comerei do açúcar, porque me dará energia, vou me sentir bem e acho que não fará mal para o meu caminho se ingerir pequena quantidade." E assim o fez.

Durante algumas horas ele nem conseguiu dormir, porque não estava habituado ao sabor daquele alimento e a sua mente entusiasmada com tanta excitação causada pelo açúcar pensava de forma louca. Acordou no dia seguinte, continuando sua caminhada e muitas vezes disse para si mesmo: "Burro, idiota, comeste do açúcar e olha o que deu... Esta noite se não tiver o que comer, comerei sal, porque pelo menos o sal saciará e não precisarei comer tanto. Carregarei esse sal e esse açúcar comigo e renderá muitos dias. Daqui para frente só comerei sal".
E assim ele o fez, comendo um pouquinho de sal e sentindo muita fome. Após um tempo, vieram as dores pelo corpo e a necessidade de beber água que naquele momento ele não tinha. Assim os dias foram passando. O monge às vezes ganhando algum alimento, recebendo das pessoas que estavam acostumadas a dar, porque a generosidade era aprendida naquela época como uma habilidade social. O homem já nascia sabendo da necessidade de compartilhar. Uns mais, outros menos, porque sempre no mundo existiram os avarentos. O monge foi caminhando, caminhando e a quantidade de sal e de açúcar naturalmente diminuindo e um dia ele viu crianças que estavam dançando, felizes e naquele momento pensou como era bom ser criança.

As crianças meio que atraídas pela sua presença chegaram até onde ele estava e pediram açúcar em pedra, que era o que ele carregava. Não era fome o que as crianças sentiam, era desejo pelo sabor daquele alimento. Ele ficou duvidoso dentro de si sobre o que fazer, mas um impulso maior atingiu seu coração e ele quis compartilhar de seu último torrão. As crianças consumiram quase que instantaneamente o torrão e ele se sentiu tão feliz que aquela felicidade preencheu seu coração e o jovem monge teve a certeza de que não passaria fome, de que não teria necessidade, porque Deus esteve ali presente no seu coração. Naquele momento sentiu que amadurecera no seu teste. Continuou carregando o sal e não se lamentou do açúcar. Ele foi seguindo aldeia após aldeia, ganhando uma fruta de uma árvore, ficando por ali alguns dias parado, caminhando e recebendo um prato de comida de alguém e aprendendo com a vida, olhando aqueles que estão à sua volta, porque mérito maior não há do que compartilhar, do que olhar para os lados. Ele sabia que aquilo que as pessoas carregam deve ser consumido, que as coisas não são feitas para serem guardadas, mas aproveitadas, experimentadas à sua exaustão.

Um dia, ele chegou a um asilo de idosos que há muito não experimentavam sal. Chegou no momento que a sopa estava sendo cozida: lentilhas, algumas raízes e rabanetes. A cozinheira idosa se lamentava: "Puxa, se tivéssemos um pouco de sal para cozinhar para esses velhos, talvez até as doenças deles se curassem, porque uma vez ouvi em um sonho que um monge me traria sal e esse sal teria poderes curativos e não somente aos velhos, mas ás famílias que vem aqui se alimentar de um prato de sopa. Todos seriam curados." O jovem monge olhou para si nesse momento perguntando-se se não seria ele esse monge. Em um instinto infantil ele agiu e ofereceu o sal àquela mulher e dizendo com o coração aberto: "Não sei se sou eu, minha irmã, mas aqui está o sal." Ela colocou o sal na sopa e ele aliviou as dores dos velhos, porque havia nele o componente sagrado: a fé. O monge ali, naquele momento, tinha sido um instrumento de cumprir com algo que foi prometido àquela mulher em um sentimento, em um sonho, em uma projeção de sua alma e o sal ajudou a curar as dores dos enfermos, dos velhos e a saciar a fome daquele vilarejo que há muito não experimentava um prazer semelhante. Quando ele dormiu naquela noite com a barriga cheia daquela sopa de lentilhas e rabanetes, ele não sabia conciliar o sono porque sua mente estava agitada com tanta emoção. O rapaz pensava: "Meu Deus, a viagem que deveria durar um ano durou pouco mais de um mês e eu não tenho mais sal nem açúcar...

O que eu faço? Como volto para minha casa? Como volto para meu mestre e digo para ele que eu não cumpri a minha peregrinação? Sim, porque era para eu ficar durante um ano carregando esse sal e açúcar e em pouco mais de um mês não tenho mais nada, eu só tenho eu... Eu não posso... Eu tenho que falar com ele." E mais uma vez agiu por um impulso da alma. Sim porque sempre houve no sentimento desse monge algo muito infantil, algo muito simples. Ele resolveu voltar e, quando chegou, o Mestre estava na porta à sua espera: "Boas ações você cumpriu não foi, meu filho?" E acolheu o monge de braços abertos.

Muitas vezes não sabemos qual é o nosso caminho, nem qual é a nossa missão com as pessoas, nem qual tempo exato que temos de vida, mas se tivermos fé, amor e o desejo de compartilhar, Eu, Mestre da Chama Amarela, afirmo a vocês que é suficiente. Amem, amem as pessoas, se doem, compartilhem, não tenham medo de gastar o seu quilo de açúcar ou sal fazendo alguém feliz, porque a felicidade do outro preencherá o seu coração com Deus. Fui esse monge. Sou Lanto e abençoo vocês. Humildemente digo a vocês: Não nasci Lanto... me tornei. Arduamente combati a minha personalidade que muitas vezes mantida pelo meu ego inferior quis me direcionar, mas mais forte do que o meu desejo do ego foi o meu desejo do amor, e nesse amor, abençoo vocês.

Livro: OS Doze Raios e a Expanção da Consciência.
De:(Maria Silvia P. Orlovas)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Missão

Missão
Cada "Filho do Sol" é um "Trabalhador da Luz", aquele que veio para este mundo com a nobre missão de difundir a Luz entre os seus semelhantes. Todos estão sendo convocados para a maior acção coletiva na História da Humanidade, que deverá atuar com base em uma ética planetária e um grande amor pela Mãe Terra.Cada ser humano é um reposítório de conhecimentos e diferentes habilidades. Todos, sem exceção serão necessários. Ninguém poderá esquivar-se dessa nobre e urgente missão, pois o destino do planeta está em jogo. Cada um de nós, deverá refletir quanto ao que singifica ser um "Trabalhador da Luz", um "Filho do Sol". O primeiro passo da missão será descobrir a si mesmo; o passo seguinte, depois da transformação pessoal, será participar ativamente da transformação do mundo.Mas tudo deverá ser rápido e dinâmico, bem de acordo com a época em que vivemos. Tenha amor por este belo planeta. Ele é a extensão de seu próprio corpo. Destruindo a Terra, destruiremos a nós mesmos. Destruiremos a magnífica Obra Divina!" Seja a mudança que você quer ver no mundo". Que o Deus Sol, abençõe suas palavras e ilumine os seus pensamentos...Para sucesso...Para amor...Para saúde...Para felicidade...Que os vossos Caminhos sejam iluminados pelos Grandes Mestres do Universo... Deus está em teu coração e o teu coração está em Deus... Namastê!