O belíssimo texto de Wagner Borges nos faz refletir sobre a grandiosidade de nossas vidas, independente da idade dos nossos corpos… Nos fala sobre o que, de fato, nos faz envelhecer… E sobre o que alimenta a nossa essência espiritual…
“Existe uma velhice que ninguém nota.
E não tem nada a ver com a idade do corpo.
É um estado de consciência!
Quando permitimos pensamentos velhos e bolorentos em nossa mente, envelhecemos realmente…
E, quando deixamos as emoções estranhas tomarem conta de nossas vidas, destruímos o nosso equilíbrio e detonamos o coração.
Sim, nós envelhecemos por dentro, quando esquecemos o que somos verdadeiramente.
E nossos semblantes ficam carregados, independente da idade do corpo.
Por isso, há jovens com expressões envelhecidas; e anciões com expressão criativa e divertida, olhando a vida como crianças.
Ah, nós envelhecemos muito quando ficamos tristes e distantes de nós mesmos.
Então, precisamos mergulhar bem fundo em nós mesmos, para reconhecermos a Luz do Eterno que habita em nossos corações.
Somos consciências espirituais! Sempre fomos; sempre seremos…
Somos centelhas vivas de um Grande Amor.
No momento, estamos integrados a um corpo de argila, que nos foi emprestado pela Mãe Terra, para o nosso aprendizado e evolução.
Mas não temos idade alguma; porque somos imperecíveis e apenas entramos e saímos dos corpos transitórios.
Não nascemos, nem morremos; só entramos e saímos dos corpos que são pedacinhos vivos da Mãe Terra, que d’Ela surgem, e a Ela retornam, em seus ciclos vitais.
E nós também envelhecemos quando não tratamos bem o envoltório de argila que Ela nos empresta com tanto carinho.
E também quando agimos com ingratidão…
Ah, nós envelhecemos quando não respeitamos aos outros, à Mãe Terra, e a nós mesmos. E isso não tem nada a ver com a idade do corpo, mas com aquilo que acalentamos dentro de nossos corações.
Nós somos mais do que imaginamos. Somos a luz das estrelas na carne; descemos do Céu para dar brilho ao corpo de argila e deixarmos pegadas luminosas na pele da Mãe Terra.
Viemos de tão longe… Então, por que, às vezes, agimos de forma tão estranha e ficamos envelhecidos por dentro?
Ah, por que nos esquecemos da luz que habita em nossos corações?
Nós viemos de um Grande Amor… Então, vamos renovar nossos sonhos e disposições, que não têm idade alguma.
Cada dia é uma bênção, e fonte de eterno recomeço…
Não somos machos ou fêmeas, altos ou baixos, nem jovens ou velhos.
Somos o Eterno; o Infinito; e viemos de tão longe…
Sim, viemos trazer a luz estelar para a Mãe Terra.
Enquanto Ela nos empresta o corpo, nós lhe trazemos o brilho universal, porque somos espíritos. Somos centelhas vivas do Supremo!
Quando rimos, renovamos a expressão do rosto; e, quando amamos realmente, sem ilusões ou tolices, nossos olhos se tornam pequenos sóis.
Ah, nós somos mais do que pensamos. E viemos de tão longe…
Então, que nossos pensamentos e sentimentos sejam sempre luminosos.
Nós estamos aqui por um motivo. Mas jamais descobriremos isso pelas vias da mente racional. Nem com o passar dos anos na carne; e nem com todo conhecimento do mundo.
Porém, uma parte de nós sabe e compreende o mistério.
Sim, aquela parte que habita em nossos corações. Aquela que é a verdadeira essência espiritual. Aquela luz, que veio de tão longe… Lá do Infinito Celeste.
Por causa de um Grande Amor, que não tem idade alguma.
Essa luz somos nós mesmos. Então, vamos assumi-la. Vamos ser felizes, aqui e agora.
Ah, viemos de tão longe… Então, vamos fazer valer à pena. ”
Com Amor e Gratidão.
Paz e Luz.